Ganhe + 10% de desconto pagando com PIX!

cart

Resumo da compra

Erro ao instalar!

Não foi possível instalar o plugin. Tente novamente.

Nenhum item no carrinho

Erro ao aplicar o cupom!

Não foi possível aplicar o cupom. Tente novamente

Subtotal

R$0,00

Descontos

-

Total

R$0,00

Qual a relação entre a Filosofia a Engenharia Civil?

Existe alguma relação entre a Filosofia e a Engenharia Civil?

Nesse artigo vamos entender um pouco sobre a Relação entre a Filosofia e a Engenharia Civil e como isso pode mudar sua carreira.

Durante nossa trajetória na Engenharia, somos incessantemente treinados a desempenhar diversos cálculos – algumas vezes até demasiadamente complexos.

Filosofia e Engenharia
Figura 1 – Determinação dos esforços em uma escada de concreto armado

Por exemplo, eles variam desde estimar o torque em uma gangorra num exercício de física do nosso primeiro ano de graduação, até o cálculo de ações do vento em edificações, verificação de remanso em canais ou até mesmo em como calcular a quantidade de encargos de um determinado funcionário de uma empresa.

Somos – Engenheiros Civis – uma das profissões mais versáteis, de maneira geral, justamente por desempenharmos diversas atividades que vão desde (a) gerenciamento de projetos e pessoas, (b) cálculos estruturais, hidráulicos, elétricos (…), (c) licitações, (d) execução de obras, dentre outras.

E quando eu digo que somos engenheiros civis, de forma alguma digo que somos melhores ou piores que alguma outra profissão. O que eu quero mostrar aqui nesse artigo é uma das coisas que poucos pensam: a relação da filosofia com a engenharia. 

Existe uma máxima que diz que “Sem a Engenharia a Ciência seria Filosofia“.

engenharia civil
Figura 2 – Racionalidade na Engenharia

O problema é quando não temos tempo de filosofar, de pensar, de tentar entender o por que determinado sistema/estrutura não passou no dimensionamento ou ficou superestimado.

Antigamente, muitos dos cálculos de engenharia eram feitos de maneira manual. O projetista pensava muito antes de lançar um pré-dimensionamento pois praticamente tudo era cumulativo.

Errar um projeto, significava voltar tudo do zero, inclusive as pranchas. Isso criava um senso crítico extremamente importante e fazia com que etapas como a concepção de projeto, fossem ainda mais valiosas e fundamentais.

Afinal, erros e alterações de projeto eram muito custosos, tanto em termos financeiros como de produtividade. Hoje em dia, muito do nosso trabalho foi facilitado, principalmente em termos de softwares e informações disponíveis que fazem com que processos repetitivos sejam rapidamente resolvidos.

Filosofia e Engenharia (2)
Figura 3 – Como eram feitos as pranchas antes das ferramentas CAD

Qual o impacto negativo do excesso de informações e softwares?

Hoje em dia, muito diferente de décadas atrás, praticamente todos os engenheiros possuem acesso a um computador, um laptop, uma caculadora e principalmente, possuem acesso à internet – que provém um mundo de informações sobre praticamente qualquer conteúdo.

Figura 4 – O mundo de informações disponíveis

Desse modo, diversos softwares comerciais surgiram para tornar o dia-dia da engenharia mais facilitado, mais prático e teoricamente retirar todo um peso de cálculo que de certa forma colocava a engenharia como uma profissão extremamente complexa. Principalmente na área de elaboração de projetos.

Porém, toda essa facilidade de acesso a informação e softwares tem um custo. Todo aquele senso crítico que outrora era a principal característica dos engenheiros tem aos poucos sido perdido. E isso é um grande, mas um grande problema.

Mais importante do “passar” as verificações de projeto é tentar buscar a melhor relação custo-benefício

Base teórica-prática não vem do dia pra noite. O conhecimento técnico, científico e pragmático tem que ser a fundação para a tomada de decisões da engenharia civil, principalmente para quem trabalha na elaboração de projetos.

Não existe achismo. Claro, existe bom senso baseado em muita experiência e em conhecimento. Por exemplo, para entender os critérios de projeto, primeiro é necessário saber quais são eles e saber isso é o mínimo e a obrigação de qualquer profissional da área que fez um juramento e que possuí ética.

Antes de uma prancha e uma planilha de cálculos, existe uma demanda – que pode estar relacionada com a garantia da segurança de vidas humanas. Antes de existir uma obra, existe um orçamento limite, que também está relacionado com pessoas.

Porém, muitas vezes esses objetivos são conflitantes.

  1. Fazer uma obra que maximiza a segurança é simples, é só construir um forte e gastar milhões
  2. Fazer uma obra que minimiza custos, é seguir a máxima “Eu sempre fiz assim e nunca caiu”

Se eu te disser que a sua casa tem 1% de chance de desabar, você moraria nela?

O papel do engenheiro, na minha visão é, portanto, utilizar todo seu conhecimento para maximizar (a) segurança e (b) minimizar custos. E isso, meus colegas, não existe um botão no software que faça.

Figura 5 – Custo-Benefício. Fonte – petersoncasemiro

Então é para parar de usar softwares, Marcus?

Não! Se você entendeu isso, então você não entendeu nada, infelizmente rs. Os softwares são calculadoras de padaria.

É claro, algumas padarias tem pães mais sofisticados e então essas calculadoras podem resolver contas complexas – o que tá tudo bem – mas antes de qualquer coisa, elas não pensam por você. Quem coloca quantos pães e o tipo de pão nela é você.

Me lembro de um professor de graduação que dizia assim quando usávamos o Ftool.

Garbage in – Garbage out

Isso faz TODO sentido. Se você entra com “lixo – garbage” num software, o máximo que você pode esperar é justamente um lixo de resultado.

Para desempenharmos nosso melhor dentro da engenharia e sermos competitivos dentro da nossa área, primeiro precisamos ter ferramentas que nos poupem tempo para melhor analisarmos os resultados, testarmos hipóteses e para de fato desempenharmos nosso papel de pensamento crítico, nosso papel de filósofos (…).

Como minimizar erros e garantir competitividade?

Uma coisa fica clara logo no começo após se formar. (1) Nosso tempo é curto. (2) Nosso trabalho é arriscado. O momento da graduação é onde temos liberdade para errar e aprender num mundo ideal onde a caneta e o papel representam o canteiro de obras.

Se você está nessa fase, aproveite ao máximo pois é onde temos os menores riscos.

Errar, após formado, é um processo muito custoso e pode significar em danos que podem variar desde um processo judicial contra o responsável quanto perdas materiais e em alguns casos humanas.

É claro que nada substitui um bom livro, uma boa aula e uma boa reflexão. Mas uma vez entendido os cálculos e a base teórica por trás das coisas, é hora de ganhar produtividade e agilidade para se manter competitivo no mercado.

Desse modo, nossas planilhas são desenhadas dentro do que há de mais moderno e atualizado em relação a normas e regulamentos vigentes dentro da Engenharia Civil do Brasil, justamente para proporcionar que cálculos, muitas vezes complexos, sejam feitos de maneira segura e ágil.

Assim, finalmente podemos desempenhar o que nos há de melhor – nossa capacidade racional de resolver problemas complexos de maneira simples, elegante e eficiente.

 

Se eu te disser que a sua casa tem 1% de chance de desabar, você moraria nela?

Um grande abraço

Eng. Marcus, Ph.D.

Levantamento de esforços em muros de arrimo

Momento máximo resistente de uma viga

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×